Atuar com a engenharia de manutenção demanda um conhecimento técnico que envolve a análise RAM. Essa base de trabalho na prestação de serviços envolve três itens necessários para a realização: Confiabilidade, Disponibilidade e Mantenabilidade.
Cada um tem sua função e juntos, promovem melhorias no equipamento com foco na prevenção de falhas e interrupções bruscas.
Aqui no blog, a Field já explicou sobre os diferentes tipos de manutenção, inclusive sobre a engenharia. Se quiser revisá-las, é só clicar no link: Quais são os tipos de manutenções na prestação de serviços.
E quando escrevemos sobre engenharia de manutenção, explicamos brevemente sobre a análise RAM e não achamos justo que ela não tenha um conteúdo para chamar de seu por aqui. A justificativa você entenderá nas próximas linhas.
O que é análise RAM?
Simplesmente, a engenharia de manutenção não acontece sem ela. Caso a sua prestadora ofereça esse serviço, deve saber bem que o principal objetivo é melhorar o equipamento, a partir da otimização dos três itens da análise RAM.
As siglas são bem conhecidas em inglês. RAM significa ao pé da letra Reliability, Avaliability e Maintenability. Aqui no Brasil, esses itens são traduzidos como confiabilidade, disponibilidade e mantenabilidade.
Quanto executada, como integrante da engenharia de manutenção, a análise RAM, que basicamente é aplicada em equipamentos e maquinários industriais pode evitar falhas que colocariam em risco toda a produção de grande porte.
Essa ação impacta não só a economia, mas até abastecimento de cidades, com itens básicos de consumo.
Essa explicação é mais que suficiente para que seu cliente não fique sem ela, não é mesmo?
Todos os itens que serão descritos abaixo fazem parte da análise RAM e consequentemente, da engenharia de manutenção. E reforçando o nosso recado aqui em todos os nossos textos: caso tenha alguma dúvida, angústia ou queria compartilhar alguma informação que não consta neste conteúdo, fique à vontade para utilizar o espaço de comentários, ok?
E se você quiser deixar sua visita mais prática e ter uma produtividade acima da média, a Field te disponibiliza um modelo de relatório de visita técnica. É só fazer o download aqui: Relatório de visita técnica Field Control.
Reforçamos que todos os processos da Análise RAM devem estar muito bem documentos para que não haja falhas de interpretação e até de comunicação. Ter ferramentas e processos tecnológicos nesse momento facilita e muito toda a organização desde a agenda até quais as etapas que serão realizadas em cada chamada solicitada pelo cliente ou que já esteja marcada de acordo com o cronograma.
Confiabilidade
Começando pelo o que seria o nosso R da palavra RAM. O quanto podemos confiar em determinado equipamento/maquinário? É aqui que entra a confiabilidade. Mas não é confiar a olho nu, com base nas interrupções e falhas passadas. É muito mais além.
Acima de tudo, esse item da análise RAM corresponde ao funcionamento por um período de tempo determinado, geralmente contabilizado em horas. Essa métrica pode ser estabelecida por diversas outras análises.
FMEA
Lá vem outra sigla, que significa Failure Modes and Effects Analisys. Quer a tradução? Aí vai: Análise dos Modos e Efeitos de Falha. É um processo bem importante que merece até um texto detalhado sobre ele, já que traz alguns termos que facilitam o encontro de falhas de forma prévia. E além disso, as classifica em como aconteceu, quando e a gravidade, por meio do RPN (Risk Priority Number).
A indústria tem um plano de manutenção construído com a sua prestadora? É aqui que o FMEA entra, ao responder as seguintes perguntas:
- Qual é a falha e os efeitos?
- Quando ocorreu e o quão severa foi?
- Tem condição de detecção antes de causar algum problema grave?
Para quem já atua e é experiente no ramo, sabe a importância de reunir e ter esses dados sempre a mão. Tudo bem você ter uma planilha no seu computador, mas na hora da visita, como irá acessá-la, caso seja questionado por um determinado dado?
Por isso, nada melhor que ter tudo o que envolve a sua prestação, assim como os processos armazenados em nuvem, assim podem ser acessados a qualquer hora e de qualquer lugar.
E não paramos por aqui…
As siglas sobre confiabilidade não param por aqui… Para complementar e melhorar a visualização e acompanhamentos dos processos, uma Árvore de Eventos é uma boa métrica de acompanhamento. E como o próprio nome já diz, traz todos os eventos que acontecem e que podem acontecer com o equipamento e/ou maquinário. Além das falhas e erros, traz também o bom desempenho.
Árvore de Falhas (FT)
Pelo o que você leu por aqui, as falhas dominam a confiabilidade da análise RAM. Tanto que tem até uma árvore de falhas que compõe a Árvore de eventos. A FT, como é conhecida, é um ramo que traz e atua diretamente com o RBD, conforme veremos abaixo.
Diagrama de Blocos de Confiabilidade (RBD)
É um complemento da Árvore de Falhas. Por ser um diagrama, ilustra didaticamente quais são as falhas de cada componente.
Disponibilidade
O que será que aconteceu com o equipamento no passado? Esse é papel da disponibilidade, nossa letra A da análise RAM.
Provavelmente, se você atua com manutenção já ouviu falar do MTBF (Mean Time Between Failures), que é um dos principais indicadores de manutenção, junto ao MTTR.
Os equipamentos que tem a possibilidade de reparo se enquadram perfeitamente na disponibilidade e mais ainda, como calculá-las. A inatividade também é metrificada por meios de disponibilidade que mensuram, por exemplo, as disponibilidades instantâneas (ou ponto); média de tempo de atividade (ou disponibilidade média); constante do estado; Inerente e por último, mas não menos importante, a Operacional.
De todos esses tópicos, o mais relevante e que tem impacto direto na engenharia de manutenção é a disponibilidade inerente. E esse será o tema das nossas próximas conversas.
E já que o critério é disponibilidade, já se perguntou se o seu estoque está de acordo com as necessidades desse cliente? Não custa ter controle de estoque na sua prestadora para esses casos.
Se quiser mais detalhes e saber a diferença entre eles, é só acessar o texto explicativo: 5 Principais indicadores de manutenção com MTBF e MTTR.
Mantenabilidade
Chegamos na última letra que compõe a análise RAM. A Mantenabilidade, assim como os dois primeiros itens também tem a devida importância.
O resumo da ópera é como a máquina vai lidar na operação mais para frente, em um futuro não muito distante. Nesse quesito entra também o custo do reparo.
Será que realizar as atividades de manutenção tem facilidades? Pois é, aqui que a Mantenabilidade entra ao promover a eliminação de todos os pretextos que dificultam a ação dos técnicos de manter a máquina em funcionamento. Sacou?
Simples não é, tanto que assim como a disponibilidade, também tem subitens que são como facilitadores para a execução. É impossível exercer a Mantenabilidade e não atuar com algumas demandas que proporcionam o encontro do problema em tempo hábil para se desenvolver a solução e mais ainda, impedir que a falha realmente impacte o funcionamento.
Além disso, inclui a revisão de sistemas e até a de cabos e tubos. Daí vem mais uma vez o reforça da importância do estoque.
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Esperamos que esse conteúdo tenha agregado mais sua prestação de serviços. E se quiser continuar com a gente, no nosso Canal do YouTube tem muito mais dicas: Field Control no YouTube.