Educação financeira é muito mais que um termo da moda. Cada vez mais frequente nos meios virtuais, saber como organizar as finanças passou a ser questão de sobrevivência, devido aos cenários econômicos instáveis e até mesmo impactos imprevisíveis, como o pandemia da Covid-19, por exemplo. Por isso, a educação financeira para empresas não deve ser ignorada, mas sim, inserida como uma das prioridades, a partir da elaboração do modelo de negócio.
O que é educação financeira?
Educação financeira é simplesmente o conceito de um indivíduo ter o conhecimento em saber lidar com as suas próprias finanças ou da empresa a qual trabalha, caso seja responsável pela área.
Ter o entendimento sobre o lucro, faturamento, despesas e investimento é fundamental para a saúde financeira e manter a vida pessoal e da organização em pleno funcionamento. Ao se educar financeiramente, é possível ter uma consciência sobre o uso do dinheiro conquistado e também estar precavido contra todo e qualquer tipo de emergência, não importando o impacto.
Qual a importância da educação financeira para empresas?
A educação financeira para empresas é de extrema importância. Afinal, como saber se a empresa está dando lucro ou prejuízo? Ou indo além, entender se os investimentos realizados estão com o retorno esperado? Tudo isso e mais, se tem conhecimento por meio dela.
Como saber o lucro da minha empresa?
Essa pergunta é muito bem respondida por meio da educação financeira. Ao ter todos os números da sua empresa na palma da mão e acessíveis sempre que necessário, você entende como está a saúde do seu negócio.
Como toda empresa existe para obter lucro, ter objetivos e metas para crescer a cada ano é o ideal. Para isso, acompanhar o desempenho mês a mês, indica se todo o time está no caminho certo ou se há rotas a serem redirecionadas.
Se você mesmo como empresário ficar a cargo da área de finanças inicialmente, adquira o hábito de, diariamente, atualizar a planilha de fluxo de caixa. Tudo o que entra e sai devem estar contabilizados ali. Dessa forma, terá uma projeção da saúde financeira da sua empresa.
Existem muitas planilhas prontas no Google, mas você pode fazer uma própria, com as características individuais do seu negócio.
Ainda não te convencemos? Te indicamos a leitura do conteúdo: Controle de caixa nas empresas: por que fazer?
Tomadas de decisão com mais segurança
A partir do momento que a empresa tem fluxo de caixa suficiente para investimentos com foco no aumento de equipe, compra de novos equipamentos ou qualquer outra aquisição que irá aumentar o desempenho e produtividade, avalie muito bem antes de assinar qualquer contrato.
Analise os juros, faça uma boa pesquisa de mercado e ainda, consulte colegas que possam ter seguido pelo mesmo caminho para avaliações fidedignas. Nem tudo que reluz na internet é ouro. E muitas vezes, na empolgação de fazer o negócio crescer, muitos empresários tomam ações que trazem consequências negativas mais para frente, que viram verdadeiras bolas de neve.
Com isso, a Field te orienta a fazer um bom planejamento anual, no qual, mês a mês, a cada meta batida, você estude se o investimento proposto para aquela data cabe realmente naquela oportunidade, se é viável, ou se pode ficar para depois.
Os 3 principais passos para implementar a educação financeira em sua empresa
Não entre em dívidas
Aquele impulso de sair por aí comprando coisas ou até mesmo fazer empréstimos para aplicar no crescimento da empresa acontece com todo empreendedor. Entretanto, todo cuidado é pouco. Antes de sair por aí assinando contrato, que tal rever a administração financeira da sua empresa, incluindo projeções futuras?
Evite parcelamentos longos e com altos juros. Pesquisa muito bem alternativas, consulte contratos e até especialistas no mercado, antes de adquirir qualquer equipamento ou empréstimo que possa impactar o caixa.
Toda empresa quer oferecer o que há de melhor e mais novo no mercado para os funcionários. Mas existe momento para tudo. Pé no chão nessas horas evita muita cilada e boas dores de cabeça.
Pedir desconto, negociar dívidas com juros mais suaves, fazer estoque de peças e itens mais utilizados para ter um preço mais acessível. Esses são apenas alguns exemplos que você, como gestor ou proprietário pode adotar para uma boa saúde financeira na sua empresa.
Não tenha vergonha. Consultar as condições de pagamento ou até mesmo esperar o momento de liquidação para obter preços mais vantajosos é outra estratégia. Antes de fechar qualquer negócio, pesquise com diversos fornecedores.
Mantenha sempre o fluxo de caixa positivo
Já citamos sobre a atualização do fluxo de caixa mais acima. Entretanto, o foco é deixá-lo sempre positivo. Afinal, o objetivo da sua empresa é ter lucro crescente, lembre-se? Você só vai conseguir mensurar se a empresa está lucrando ou com prejuízos, a partir da atualização deste documento.
E para deixá-lo sempre positivo, a maturidade financeira precisa estar sempre evidente. Contas básicas em dia, impostos sem atrasos, caso tenha empréstimos, cuidado para evitar o atraso e arcar com os juros altos.
Pagar todas as contas em um único dia ou colocar na agenda, o vencimento de cada uma, ajuda bastante. No começo, ainda mais se a empresa não tem investimentos, fica bem difícil conseguir manter esse fluxo positivo. Em tempos assim, coloque um prazo. Estude seu negócio e caso precise, faça um remanejo nos custos e até o formato de pagamento do seu produto ou serviço. Verifique se realmente o investimento para manter tudo em pleno funcionamento está de acordo com o valor cobrado hoje.
Aprenda como fazer um relatório de despesas aqui.
Separe a sua conta PJ da conta PF
Nunca misture as contas pessoais com as jurídicas. Tenha em mente que as despesas, lucro e investimentos devem ser focados na sua conta jurídica e o seu salário, na conta física.
Apenas dessa forma, você terá métricas que indicam como está a saúde financeira do seu negócio, além de facilitar a vida na hora do imposto de renda da empresa e também da sua conta de pessoa física.
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Quer melhorar seus conhecimentos sobre o tema? Confira outro conteúdo que a Field preparou para você: 5 dicas de inteligência financeira para seu negócio.
