A confiabilidade é um termo importante para quem atua com manutenção. Mais que proporcionar lucro, evitar custos extras que podem ser evitados, é uma das principais atribuições da prestação de serviço, ainda mais que se trata de RCM.
A manutenção é uma prática necessária e obrigatória para empresas e indústrias que atuam com produção e operação contínua. Qualquer falha mínima pode impactar desde a máquina principal (mesmo ela não sendo o foco do problema) e afetar drasticamente todo o ritmo de trabalho. Por mais tecnológicos que sejam, equipamentos, máquinas e sistemas estão sujeitos a falhas. O melhor é sempre evitá-las, mas mesmo com uma manutenção feita à risca, elas realmente podem acontecer.
E não esqueça de manter os técnicos da sua equipe externa atualizados, ao oferecer treinamentos e cursos para oferecer o melhor serviço possível, sem contar em ter uma alta produtividade.
O que é RCM
Assim como diversas siglas que fazem parte da nossa rotina, o RCM é a abreviação de mais um conceito em inglês. Reliability-centered Maintenance, que com tradução para a nossa língua significa Manutenção Centrada na Confiabilidade. O RCM está entre as 6 principais ferramentas de gestão da manutenção.
Técnica, estratégia ou plano? A definição em si pode se encaixar em todas elas, desde que cumpra o objetivo principal: manter em funcionamento todo um sistema e evitar custos ao prevenir falhas que podem ser evitadas.
A confiabilidade é essencial na aplicação do RCM. A gente já explicou aqui no blog, mas não custa relembrar. A confiabilidade é a letra R da análise RAM. O que significa o funcionamento do equipamento por um período determinado, contabilizado por horas. E a segurança que deve estar sempre presente. Não apenas a direcionada aos maquinários, mas também a todos os envolvidos no processo.
Resumindo, é uma estratégia utilizada para saber qual tipo de manutenção aplicar. E para isso, ter um passo a passo garante a eficiência esperada. E indo mais além, auxilia até a definir o que é prioridade e o que pode ser deixado para depois.
Como aplicá-lo passo a passo
Passo 1: Tenha um check-list estruturado
O ideal é ter um check-list bem implementado e de acordo com as necessidades do RCM para que seja executado da melhor forma possível. Ali, o técnico responsável deverá responder as principais funções desse tipo de manutenção.
Nesse primeiro passo, a organização é fundamental para se estabelecer o que realmente é prioridade. Você já se perguntou como está o preenchimento desse processo na sua prestadora?
A revisão dos check-lists antes de uma nova visita para a manutenção (não importa qual seja o motivo) pode tirar algumas dúvidas. E quando a prestadora ainda utiliza blocos de papel, dificulta todo o processo. A dica da Field para agilizar e esquematizar uma melhor forma de execução é aderir ferramentas digitais que facilitem a rotina de quem está na linha. E proporcionando alguns pontos a mais na sua produtividade: Check-list de equipe externa: como está o seu?.
E se quiser dar uma repaginada na sua ordem de serviços, elaboramos um modelo próprio para a prestação, que atende todas as necessidades da visita: Modelo de ordem de serviço.
Esse check-list é composto de sete itens que, a partir das respostas, que todo o RCM será definido:
- Quais as funções e padrões de desempenho do sistema/equipamento acontecem atualmente na operação?
- O sistema pode falhar a partir dessas funções?
- Quais são as possíveis causas de uma falha?
- E caso essa falha aconteça, o que acontece em toda a operação?
- Com as falhas, quais são as consequências?
- Como o RCM pode impedir que a falha ocorra?
- Se na manutenção a falha não é identificada, quais são os protocolos?
Passo 2: Onde aplicar?
Com as respostas do check-list, o profissional responsável terá condições de determinar qual será o foco do RCM daquela visita. Ter uma mapa bem definido por ser um guia orientador. Focar sempre nos determinantes primários e secundários já pode dar uma noção por onde começar.
Passo 3: Estipule o que é confiável
Já que o RCM tem foco na confiabilidade, determinar o que é confiável e o que pode falhar faz parte da estratégia. O que é confiável e o que não é? O sistema está bem ativo? Quantas falhas determinado equipamento tem no histórico de acordo com o desempenho?
Passo 4: E as falhas não podem ficar de fora
Como já existem bons indicadores, o uso é recomendado. O MTTR e o MTBF podem fazer parte da manutenção e orientar o desempenho de cada máquina, equipamento e sistema. O que pode falhar? Existe alguma falha que pode causar a interrupção completa das atividades?
Ter um tempo médio de reparo pode auxiliar na redução de custos, que é um dos focos centrais da nossa conversa de hoje. Se você quer revisar um conteúdo sobre como fazer o cálculo, te explicamos diretamente no texto: O que significa MTTR e como fazer a conta.
Passo 5: Já ouviu falar de FMEA? É aqui que ele entra
Seguindo etapa por etapa, assim que as falhas ou possíveis falhas são diagnosticadas, o FMEA é aplicado. E não é nada mais que outro método que tem a função de Análise dos Modos e Efeitos de Falha. Faz todo o sentido, não é mesmo? É mais um item da confiabilidade, dentro da análise RAM, que já foi citada acima.
No FMEA entram também algumas perguntas como:
- As falha e os efeitos;
- A data que ocorreu e o impacto que causou;
- A possibilidade de ser detectada antes que cause falhas mais drásticas;
Passo 6: Qual tipo de manutenção será aplicada?
Neste passo, o profissional precisa aplicar um dos tipos de manutenções. São muitos, não é mesmo? Mas pode ficar tranquilo que aqui, especificamente, apenas três se enquadram. E claro que estão entre os mais aplicados quando se fala em prevenção e correção de falhas. Já suspeita quais são elas? Não estamos citando em ordem de prioridade porque depende da situação:
Manutenção corretiva: aquela que corrige as falhas detectadas;
Manutenção preventiva: que previne eventos que impedem o pleno funcionamento do equipamento;
Manutenção preditiva: feita de acordo com o estado daquilo que será reparado (equipamento ou maquinário e até mesmo sistemas).
Para saber a diferença entre as citadas acima e mais as outras que provavelmente fazem parte da sua prestação, indicamos a leitura: Quais são os tipos de manutenções na prestação de serviços.
Será que acaba por aqui? Não, não. É apenas o começo. Esses são apenas os primeiros passos, aqueles bem iniciais. Após a execução da manutenção que mais atende a demanda naquele momento, partiu promover estratégias de melhorias. Se houve falhas, elas devem ser evitadas sempre. Se não houve, o que a prestadora pode fazer para continuar assim e evitar que aconteçam erros lá na frente? Todas essas respostas fazem parte de um bom plano de RCM.
E se você precisa de uma força para detectar as falhas da sua gestão e organizar todas as ferramentas e processos da sua prestadora, a Field Control está mais que pronta para que te ajudar. Por meio de um sistema de gestão de equipes externas, é possível acompanhar tudo o que acontece fora da sede e mais ainda, quantificar todas as demandas de cada cliente. Para saber mais, acesse nosso site: www.fieldcontrol.com.br .